16.10.08

O Leito no Pleito

Vou reproduzir um trecho do artigo escrito por Antonio Prata , no Estadão no dia das eleições 05/10/2008 :

.......O honrado leitor, que acorda com os galos ou as primeiras buzinas, talvez ache o assunto por demais comezinho para uma passeata. Não deve ter compreendido, ainda, as repercussões políticas da autogestão do sono. Se cada um acordasse quando quisesse, as pessoas sairiam de casa, aos poucos, não haveria rush, o transporte público daria conta do recado, as emissões de carbono despencariam, a Islândia pararia de derreter, a Björk estaria salva, assim como os ursos polares, Ilhabela, o futevôlei, Veneza , os pinguins e Ubatuba, sem contar que teríamos tempo para ler, ver TV , arrumar a gaveta, fazer samba e amor até mais tarde e não ter muito sono de manhã.
Embora o tema seja urgente, não o vi ser discutido em nehum debate pelos candidatos que hoje disputam nosso voto.
Nem sequer um nanico ou aspirante a vereador, desses que encampam as bandeiras mais disparatadas, levantou a voz para defender o sono de 10 milhões de habitantes.
Podem alegar que , dada a grandeza do problema, não caiba ao Município resolvê-lo, mas ao governo federal ou talvez à ONU. De acordo, mas em algum lugar a revolução tem de começar. Ou nos levantamos imediatamente pela autogestão de noso sono, ou daqui a pouco a água estará batendo em nossas olheiras. Ou vice-versa. Às armas !

Fim

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